quarta-feira, 13 de maio de 2009

O que é Magia?


E o que é a Magia?
Quando falamos em Magia, vem à nossa mente imediatamente a imagem de velhos feiticeiros, recitando fórmulas misteriosas em seus laboratórios arcaicos, cercados de mistério e de superstição.
Papus define a Magia como a ação consciente da vontade sobre a vida. E isto resume tudo.
O homem moderno se deixa levar pelo turbilhão da vida agitada de nossos dias, e sorri desdenhosamente se lhe falamos de Magia. A Magia, no entanto, está em toda parte; na criança que nasce, na flor que desabrocha, na transmutação da lágrima num sorriso.
Mas o homem moderno passa pela Magia que é a sua própria vida, sem saber que ele tem nas mãos o poder de transmutar, de determinar seu próprio destino.
E haverá alguma diferença entre o Mago e o velho feiticeiro que recita suas fórmulas misteriosas? Há uma diferença muito grande: o feiticeiro é aquele que recebeu de seus antepassados, ou de algum mestre, fórmulas, encantamentos, e usa-os exatamente como lhe foi ensinado, sem mesmo entender o que faz. O Mago é um Iniciado, é um ser que se dedicou primeiramente ao estudo do seu psiquismo e das leis que regem toda a natureza, elevando-se interiormente, através de muito exercício, até alcançar a Unidade com o Absoluto. E só então ele começa a praticar, a aplicar as leis que aprendeu e que agora domina, em virtude de sua imensa, infinita compreensão interior.
O Mago é o senhor do seu destino. Viver, para ele, não é somente lançar-se pelo mundo na luta diária pela sobrevivência; viver, para ele, é sobretudo Amar. Através do Amor, em nome do Amor intenso que lhe invade a alma, trabalho pelo bem-estar da humanidade e, para isso, traça ele mesmo os rumos do seu destino, do seu futuro.
Nos dias atuais são inúmeras as seitas religiosas, as escolas de ocultismo, e seu número tende a aumentar, pois aumenta cada vez mais no homem a ânsia do Saber. A literatura mística a que tem acesso é cada vez maior. O advento da parapsicologia veio trazer luzes a mentes ainda obscurecidas por tabus religiosos. Qualquer seita religiosa, qualquer escola de misticismo é válida, é excelente mesmo, desde que alcance a finalidade à qual se propôs, ou seja, o encontro do homem consigo mesmo e com o Todo.
E o homem, curioso em desvendar os enigmas do desconhecido, afilia-se a uma organização esotérica. Estuda, pratica, eleva-se interiormente, sensibiliza-se com impressões que antes não percebida. Mas dificilmente aprenderá a ter um verdadeiro domínio sobre todos os fenômenos psíquicos. E talvez chegue um momento em sua vida em que ele precise impor sua vontade no mundo psíquico, espiritual, e nesse momento ele não saiba como agir. Porque, apesar de ser um homem espiritualizado, ele não é um Mago. E, voltando a Papus, a Magia é a ação consciente da vontade sobre a vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário